Móin-Móin n º 23 – A atuação das mulheres no Teatro de Animação

v. 2 n. 23 (2020): A atuação das mulheres no Teatro de Animação

Mesmo que personagens femininas permeiem o universo do Teatro de Bonecos popular, por que em muitas culturas o ofício de quem anima ainda é predominantemente exercido por homens, como ocorre no Karaghiozis, no Wayang e no Mamulengo, por exemplo? Assim, onde e como podemos encontrar as mulheres inseridas no grêmio dos animadores? Como elas subverteram/subvertem essa ordem? Seja na transmissão familiar, seja no ensino, na construção, na dramaturgia, na direção ou na produção: a mulher aparece em diferentes graus de visibilidade em todos os processos relativos ao teatro de figuras animadas. Quem são essas mulheres? De que modo impactaram/impactam a evolução e a coesão dos espaços de transmissão e promoção da arte bonequeira? Quais são as mulheres que atuam hoje no Teatro de Animação? Quais mulheres estão sendo representadas, e como? Quais são os desafios assumidos pelas bonequeiras? Que situações traspassam os diversos corpos das mulheres na cena animada em tempos de tecnologias da presença e lutas por direitos sobre o próprio corpo? Que resistências e desafios enfrentam no plano profissional? Que espaços são mantidos ou conquistados? Com respeito às próprias lutas das mulheres, em nível mundial, em clamor à justiça de gênero, segurança, saúde e equidade: Como o Teatro de Animação dialoga com essas questões? Que articulações, representações e poéticas emergem das produções de mulheres e sobre mulheres? Esperamos que estas provocações instiguem a reflexão em diferentes perspectivas dentro da temática proposta.  

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Artigos:

EDITORIAL 

Histórias e pesquisas das mulheres bonequeiras – Fabiana Lazzari de Oliveira, Liliana Pérez Recio e Paulo Balardim, p. 14-21 

DOSSIER TEMÁTICO 

Un recorrido a las formas animadas en la educación escolar y talleres: la  mirada de las investigadoras -Carmem Luz Maturana e Andrea Gaete Pessaj, p. 22-43 

Mamulengo e história de vida: entrecruzamentos que ensinam Bárbara Duarte Benatti e Izabela Costa Brochado, p. 44-64 

Sandra Vargas e Verônica Gerchman: trajetórias femininas tecendo o  teatro de animação contemporâneo brasileiro -Kely Elias de Castro, p. 65-85 

Andar sem parar: as andanças de Maria Luiza Lacerda pelo teatro de  bonecos – Júlia Sarraf, p. 86-111 

A presença das máscaras no ritual de iniciação feminina do povo Tikuna – Vanessa Benites Bordin, p. 112-127 

As mulheres e o teatro lambe-lambe: um relato sobre a difusão  em Santa Catarina -Jô Fornari, Maysa Carvalho e Suzi Daiane, p. 128-145

Schirley P. França e a artesania do cuidar: memórias de uma mãe  bonequeira de muitos filhos e bonecos – Daniela Rosante Gomes e Schirley P. França, p. 146-178 

Arquétipos, loucura e maternidade no Teatro de Formas Animadas – Mariliz Schrickte, p. 179-198 

A máscara teatral e a materialidade das formas: a semente de um sonho  e a flor de nossas artes. – Daniele Rocha Viola e Laura Wilbert Gedoz, p. 199-217 

O corpo da mulher como morada em Habite-me – Joana Vieira Viana, p. 218-234 

Sobre Teatro de Formas Animadas em Minas Gerais: entrevista com  Conceição Rosière – Cássia Macieira, p. 235-254 

Pioneirismo feminino no teatro de bonecos no Brasil: memórias de uma  trajetória pessoal – Clorys Daly, p. 255-269 

Mujer, objeto y memorias: reflexiones en torno a una experiencia  artística -Nerina Dip, p. 270-285 

Tânia e Graziela de Castro Saraiva: registros afetivos da história do  Teatro de Bonecos no Rio Grande do Sul – Rossana Della Costa, p. 286-302 

Do amor entre mulheres ao amor entre bonecas: relato de uma atriz e  seus processos criativos –Tuany Fagundes, p. 303-317 

Perspectiva de género en la búsqueda creativa – Carolina Tejeda, p. 318-329 

La dirección escénica feminina – Ana Alvarado, p. 330-345 

Vozes femininas no Babau -Amanda de Andrade Viana, p. 346-359